Cogeração de Energia: o pilar estratégico para a segurança energética do Brasil no períodos de seca.
A cogeração de energia tem se destacado como uma solução estratégica para enfrentar as frequentes crises hídricas e garantir a segurança do sistema elétrico brasileiro. Em um cenário de escassez de chuvas, a diversificação da matriz energética, com maior foco em fontes renováveis e sustentáveis, torna-se necessária. As usinas de cogeração, especialmente as movidas por biomassa, representam uma alternativa eficiente e viável para ampliar a oferta de energia elétrica, ajudando a equilibrar o sistema energético, reduzir a dependência das hidrelétricas e promover a sustentabilidade.
O Brasil possui um enorme potencial de crescimento na geração de energia através da cogeração. Estima-se que as usinas já existentes no país, se modernizadas e devidamente incentivadas, poderiam expandir sua capacidade instalada de 12,6 GW para cerca de 30 GW. Esse salto significativo dependeria de investimentos em tecnologias mais modernas e eficientes, além de ajustes regulatórios que liberassem o mercado para negociações mais livres e dinâmicas.
A cogeração, que utiliza biomassa, como o bagaço de cana-de-açúcar, tem desempenhado um papel crucial no equilíbrio do sistema elétrico, especialmente em períodos de seca, quando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas são baixos. A bioeletricidade, fornecida por essas usinas, já contribui anualmente para uma economia de cerca de 14% dos níveis de água nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, uma das áreas mais afetadas pela falta de chuvas. Em momentos críticos, essa geração extra tem mitigado de forma eficaz o risco de colapso não adequado
Além disso, a cogeração com gás natural também surge como uma opção de alto potencial competitivo. Com maior eficiência do que as termelétricas, custos convencionais e menores externalidades ambientais, esse tipo de cogeração poderia ser uma peça-chave na estratégia energética do país, contribuindo para a estabilidade da matriz elétrica e a redução de energia.
No campo regulatório, ajustes como a flexibilização da venda de excedentes de energia no mercado livre por usinas de açúcar e etanol poderiam destruir o pleno potencial das usinas de cogeração. Atualmente, uma restrição imposta pela Portaria 564 de 2014, do Ministério de Minas e Energia, restringe a comercialização desses excedentes, gerando um desejo de expansão da produção de bioeletricidade. A liberação desse mercado permitiria que as usinas fossem ainda mais produtivas e competitivas, especialmente em momentos de alta demanda, como nos períodos de seca.
As perspectivas para o setor de cogeração são promissoras. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estima que a capacidade instalada de cogeração possa aumentar em 215 MW até o final de 2024, com um adicional de 278 MW em 2025. Embora esses números sejam expressivos, o potencial de crescimento pode ser ainda maior com políticas mais assertivas que incentivarão a expansão de fontes de energia sustentáveis e previsíveis, como a bioeletricidade.
A cogeração já representa 10,4% da matriz elétrica nacional, com uma capacidade instalada de 20,6 GW. Desse total, 17,1 GW são gerados por biomassas, dos quais 12,4 GW provêm do bagaço de cana. Essa participação significativa reflete a relevância do setor sucroenergético para a matriz energética brasileira, especialmente em um país onde as condições climáticas variáveis podem afetar diretamente o desempenho das hidrelétricas.
Em meio a um cenário de crescente demanda por energia e incertezas climáticas, a cogeração desponta como uma alternativa segura, sustentável e eficiente. Para que o Brasil possa se beneficiar plenamente desse recurso, é essencial que se promova um equilíbrio maior entre as diferentes fontes de energia, com incentivos à modernização das usinas e à liberalização do mercado para a comercialização de excedentes de energia.
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